domingo, 28 de julho de 2013

A arte de perder


“A arte de perder não é nenhum mistério;
Tantas coisas contêm em si o acidente
De perdê-las, que perder não é nada sério.
Perca um pouquinho a cada dia. Aceite, austero,
A chave perdida, a hora gasta bestamente.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Depois perca mais rápido, com mais critério:
Lugares, nomes, a escala subseqüente
Da viagem não feita. Nada disso é sério.
Perdi o relógio de mamãe. Ah! E nem quero
Lembrar a perda de três casas excelentes.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Perdi duas cidades lindas. E um império
Que era meu, dois rios, e mais um continente.
Tenho saudade deles. Mas não é nada sério.
– Mesmo perder você (a voz, o riso etéreo
que eu amo) não muda nada. Pois é evidente
que a arte de perder não chega a ser mistério
por muito que pareça (Escreve!) muito sério. ”
Elisabeth Bishop
http://www.entreculturas.com.br/2011/02/elisabeth-bishop-a-arte-de-perder/
Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Pode ser que um dia deixemos de nos falar... 
Mas, enquanto houver amizade, 
Faremos as pazes de novo. 

Pode ser que um dia o tempo passe... 
Mas, se a amizade permanecer, 
Um de outro se há-de lembrar. 

Pode ser que um dia nos afastemos... 
Mas, se formos amigos de verdade, 
A amizade nos reaproximará. 

Pode ser que um dia não mais existamos... 
Mas, se ainda sobrar amizade, 
Nasceremos de novo, um para o outro. 

Pode ser que um dia tudo acabe... 
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente, 
Cada vez de forma diferente. 
Sendo único e inesquecível cada momento 
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre. 

Há duas formas para viver a sua vida: 
Uma é acreditar que não existe milagre. 
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.

http://pensador.uol.com.br/poemas_de_amizade/
Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios

Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doloridos

Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz

A um ausente


Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste

http://pensador.uol.com.br/poemas_de_saudade/

Tomara


Que a tristeza te convençaQue a saudade não compensaE que a ausência não dá pazE o verdadeiro amor de quem se amaTece a mesma antiga tramaQue não se desfaz
E a coisa mais divinaQue há no mundoÉ viver cada segundoComo nunca mais...



http://pensador.uol.com.br/poemas_de_saudade/

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Boa Tarde!!!
Na próxima semana vamos comemorar o Dia do Poeta. Dedico este dia que vem chegando, para você, que é poeta, mas também para quem gosta de ler e apreciar as poesias.


SER POETA…
Ser poeta é “ser mais alto”, é ser diferente!
É aquele que fala com a voz coração.
É quem sente "aquele amor ardente"
Que Camões cantou tão sabiamente
E se tornou, dos poetas, um padrão!

É ser um outro ser, “é ser maior”
(como Florbela outrora bem dizia).
É sentir o que escreve com amor
É soltar da alma o pranto e a dor,
É sentir com fervor a poesia!

Ser poeta é um dom – não se aprende.
É o ser e o poder de quem sustente
Esse dom que, escondido, surpreende…
Quando a sua vida à dor se rende
E sente uma alegria descontente!...


Autor: Fernando Reis Costa
(Inspirado nos grandes mestres Florbela Espanca e Camões)


O POETA E O MUNDO
O poeta não vive em mar de rosas
E se disser que sim está tentando,
Levar conforto e até mesmo evitando,
Fazer alguém ler coisas dolorosas.
Porque o poeta em versos ou em prosas,
Mesmo a sofrer prossegue procurando
Alegrar esse mundo e vai buscando,
Sempre saciar as almas sequiosas.
E na infindável dor que traz a guerra,
Luta o poeta pela paz na Terra
E de pregar o amor jamais desiste.
Então se chora, faz do pranto um riso,
Faz do Inferno seu um Paraíso,
Para não ver ninguém sentir-se triste.

Autor:  Samuel Freitas de Oliveira